Um dia após as eleições, os ânimos continuam alterados. Metade dos brasileiros ainda estão digerindo a posse do candidato, o qual, não deram seus votos.
Nas redes sociais, muita "ressaca moral". Ainda no dia seguinte à posse da presidente reeleita, Dilma Rousseff, é possível ler muitas ofensas e declarações de ódio. O que se percebe é que raríssimos são aqueles que conseguem ter uma visão global dos fatos que, justamente, promoveriam a "mudança", ou seja, a tão sonhada Nova Política.
Mas para que possamos, enquanto cidadãos, termos um maior controle da corrupção, das intenções partidárias, dos projetos deste ou daquele governo, far-se-á necessário uma análise sistêmica da estrutura social e política em que vivemos atualmente.
Na perspectiva de um antropólogo e cientista político, hoje, somos um Brasil dividido, não só por projetos, mas por ideologias, por crenças, por comportamentos, valores e credos. Segundo o especialista, essa visão de preconceito entre pobres e ricos, nordestinos e gaúchos, brancos e pretos, heteros e homossexuais foi estimulada justamente pelo marketing estratégico político de ambos os lados.
Acerca de uns dois anos atrás, pudemos observar o nascimento de Fan Pages partidárias que vieram disfarçadas de humor. Em destaque estão "TV Revolta", "Junin, o Bode Gaiato", o filhote de Gato que conta piadas, "Café com Humor"... Essas, são algumas das principais páginas que usaram uma linguagem "inocente" para formar opinião partidária e despertar sensações de inconformidade, principalmente na ala mais jovem.
Ainda numa visão imparcial da ciência política, o que se pode observar é que houve uma desconstrução gradativa de imagens em ambos os lados: a análise nos mostra que a primeira imagem a ser agressivamente desconstruída foi a do atual governo - tanto a imprensa quanto os canais das redes sociais passaram a associar todos os casos de corrupção do Brasil ao PT. As agressões passaram a vir de maneira 'Ad Hominem', ou seja, não focadas ao argumento em si, mas em falácias que desconstruíam "O Homem" (Lula, Dilma, militantes petistas....) chamando-os de pobres, mal informados, assassinos, etc. A primeira impressão que se tentou formar na sociedade é a de que "quem vota no PT necessita de Bolsa Família", "é pobre", "vive de incentivos", "não têm conhecimento", etc.
E a resposta veio no mesmo tom - nos últimos 2 meses que antecederam as eleições, a militância petista passou a jogar o mesmo jogo e desconstruir a imagem de Marina com a mesma estaca com o qual foram feridos; e, após, foi a vez de Aécio Neves.
O saldo de tudo isso é que hoje temos uma sociedade xenofóbica, partidária, preconceituosa e crivada em polaridades. Será que nos próximos 4 anos a imprensa será regulada? As baixarias serão punidas? As páginas no facebook serão regularizadas para não propagar calúnias? E o cyberbullying que fez pessoas mudarem de escola, emprego, bairro, cidade? Será que as pessoas terão "feeling" para perceber que estão sendo estimuladas para um exército de interesses, não só econômicos, mas também, de marcas que têm potencial para corromper pessoas, empresas, grupos e ideologias?
Vamos torcer que sim e prestar atenção em cada postagem compartilhada, cada palavra proferida, cada pessoa com que nos relacionamos, ou então, a previsão é de que teremos uma Guerra Civil anunciada, alicerçada nas mesmas diretrizes de 20 anos atrás - peões movidos como peças de tabuleiros em defesa do Rei ou da Rainha, e no final deste jogo, tanto faz se sua cor é branca ou preta, quando você não está consciente de uma visão global de jogador, o resultado sempre será favorável aos aspirantes ao trono, seja este ou aquele: xeque mate!
Por Luciane Pires A Universidade de Harvard recentemente declarou "Não precisamos de carne!". A discussão sobre o porquê virar ou não vegetariano está cada dia mais presente nas redes sociais e no cotidiano de amigos e familiares. Segundo dados do IBGE, o número de vegetarianos só no Brasil já supera os 15,2 milhões de pessoas. Essa estimativa é de uma estatística de 2012. Ao buscarmos números mais atualizados, teremos uma informação para dados ainda maiores - no mundo todo, já são mais de 600 milhões de vegetarianos, isso é muito mais gente do que existe no maior país do mundo. Para se ter uma noção, essa quantidade de pessoas é relativo à Inglaterra, EUA, França, Alemanha, Espanha, Itália, Canadá, Austrália e Nova Zelândia juntos. Essa enorme pegada demográfica é ainda maior que 27 países da União Europeia.
No mundo todo, crescem os adeptos da alimentação indicada pela maior autoridade do mundo em nutrição, Associação Dietética Americana (ADA).
O novo panorama da alimentação brasileira vem ganhando novos moldes e as franquias apostam na alimentação vegana em pratos deliciosos, elaboradíssimos e fast foods de lanches como o Falafael no lugar do hambúrguer, é o caso do Subway Vegan.
Com a crescente demanda, aumenta a oferta, ou seja: ainda que muitos outros produtos sejam feitos de origem animal, quanto mais vegetarianos e veganos houverem no mercado, mais as empresas serão pressionadas ao uso de métodos substitutivos nos insumos destinados à fabricação de seus produtos. É simples assim: ‘expansão de mercado é igual a mais empresas voltadas ao nicho’ que cresce exponencialmente; gente de todas as classes e idades adeptas aos novos hábitos de consumo. Entre elas, mentes conscientes, bem informadas e principalmente ‘bem intencionadas’, que não precisam de muitas justificativas para deixarem de contribuir com a indústria da morte: “Se há sofrimento, isso basta!”
Recentemente um caso ganhou destaque na mídia, a cantora norte-americana, Jennifer Lopez, uma das personalidades midiáticas que mais usou casacos de pele na vida, declarou estar aderindo à dieta vegetariana. A discussão em torno do caso nas redes sociais, envolveu dúvidas e gerou muita polêmica: estaria a celebridade em busca da juventude e beleza que vem ‘implícitas’ para aqueles que deixam de consumir as toxinas contidas na carne ou o motivo de sua declaração em estar deixando de consumir [no prato] produtos de origem animal, estariam ligados ao meio ambiente e amor aos animais? O fato é, sem destacar os motivos de sua nova dieta, o movimento ganha mais uma adepta famosa.
Pensando que tudo que envolve sangue, remete ao primitivo, ao bárbaro, a era das cavernas; assim caminha a humanidade: para uma evolução cujo slogan foi bem aproveitado pelo Subway Vegan, ‘com 0% de crueldade’.
A verdade é que para a maioria das pessoas que passam a alimentar-se de TUDO que existe num buffet, menos de carne, não precisam de muitos argumentos; para a grande maioria, o simples fato de nenhum senciente ser torturado e humilhado, já é motivo suficiente para tornar-se vegetariano.
Mas se este não é o seu caso, seguem alguns dos ‘porquês’, dentre os 12 mais ditos entre vegetarianos e veganos. Todos linkados em vermelho para quem deseja aprofundar-se no assunto:
Veja esses dados na Conferência Mundial de Alimentos - é realmente impressionante!
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Estudo dos Arquétipos de Adão e Eva: o despertar da consciência, do desejo e o livre-arbítrio. Artigo com fontes de estudo na Psicanálise e Kabballah (sem propósito religioso).
Meramente terapêutico. O propósito desse estudo é ajudar a cada um de nós – partesindividuais da psique fragmentada de Adão – à refletir nossa unidade de Equilíbrio e missão na Terra.
Transpsique: Adam HaRishon é o nome que daremos ao nosso EU Interior, a consciência e a alma coletiva, o qual a Bíblia chamou de Adão. Adam ou Adão (Homem, em hebraico e personagem bíblico) tem um sobrenome: HaRishon (O Primeiro, em hebraico). Isto não significa que haja sido o primeiro homem sobre a terra e sim, que foi o primeiro no qual apareceu o desejo de encontrar o propósito de sua existência. Adam descobriu que desejar e conquistar é chegar a ser similar ao Criador – a força altruísta e criativa que criou a vida – e alcançou seu objetivo. Adão, conscientemente, pensou em algo mais, o que fez nascer a escolha, o desejo, a ambição, a realização. De acordo com os estudiosos, ele alcançou os seus desejos. Talvez por isso teria sido expulso do Éden. Surgia então o Livre Arbítrio. De fato, seu nome bíblico dá testemunho de seu êxito já que se compõe das palavras hebraicas: “Adam La Elyon - Eu serei como o Altíssimo” (Isaías 14:14). Em outras palavras, Adam (Adão, por assim o conhecemos) foi o primeiro indivíduo na história da humanidade que percebeu um Criador, seja ele um SER ou um PRINCÍPIO FÍSICO e assim, diferenciou-se dos outros animais. A partir daí, as escolhas individuais se subdividiram cada vez mais pela busca do prazer e satisfação pessoal. O homem aprendeu a ser "Criador" de ferramentas de consumo para sua satisfação e prazer. Na época atual, quase seis mil anos depois de Adam, o tema do propósito de nossa existência já está despertando um número crescente de pessoas. A incapacidade por encontrar uma resposta à pergunta ”qual é o significado de minha vida?”. Desejar, gerar esforços, realizar, querer mais... O que? Pra quê? A busca seria egoísta e individual? Existem diferenças fundamentais entre os homens e os animais?
Antes do desejo e da consciência de indivíduo.
Quando a alma de Adão foi criada, tinha uma relação com Criador que lhe causava um prazer limitado porque não havia se esforçado de forma independente para alcançá-lo. Segundo o Gênesis, o Criador quis que a alma de Adam HaRishon (primeiro a ter consciência de sua unidade) se desenvolvesse por seu próprio meio, expondo-a então, em um ato premeditado, aos maiores prazeres junto com Eva e o fruto proibido. Quando o homem recebeu os prazeres, encheu-se de regozijo, perdeu toda a noção do Criador – quem lhe havia proporcionado o deleite – e na busca "por querer mais e mais", desconectou-se da natureza (Éden), afastando-se de todo contato com Ele (espírito - essência - totalidade - natureza - meio). Então, o Homem se multiplicou desconectado, gerando a humanidade. Uns desejavam TER, outros desejam o SABER. Mas ninguém desejava SENTIR. O psicanalista Jacques Lacan, um dos maiores especialistas de todos os tempos, em seu estudo sobre O DESEJO, disse a seguinte frase: "O desejo é o ultimo véu do prazer". Sugere que a realização 'individual' plena nunca chegaria. O fruto do desejo na satisfação individual, gera esforços para a idealização de um SONHO projetado em uma "felicidade imaginária" ou "felicidade passageira" e desconectada do bem estar comum. Todos querem desfrutar, receber gratificações. Ainda que sejamos diferentes na escolha do prazer, o denominador comum sempre é a necessidade de chegar ao que nos falta. Sempre nos parece que na próxima etapa tudo será muito melhor. Os desejos do ser humano se dividem em cinco níveis de desenvolvimento: o primeiro é básico e serve para a sobrevivência, para o alimento, a saúde, sexo e a família. O segundo, é o anseio por dinheiro, o qual cremos nos assegura além da sobrevivência, um bom nível de vida. No terceiro, queremos honra e poder, sobre nós mesmos e os demais. O quarto nos parece que alcançar conhecimentos nos fará felizes. Somente no quinto nível de desenvolvimento do desejo, entendemos que há algo que ultrapassa tudo que captamos anteriormente, e que algo ainda nos falta para nos tornarmos deuses (realizados). Nesta fase, finalmente compreendemos que a felicidade se encontra no meio, nas sensações e nos sentimentos.
A evolução dos animais nos surpreende porque eles nunca se desconectaram do seu meio.
*Todos os direitos de propriedade intelectual reservados. Para ler mais artigos de Luciane Pires, acesse os links do texto. Para contato com a redatora, email: contato@comuniquecriativo.com.br Não vá embora! Você pode continuar com prosas de bar comigo em: CAPITALISMO, SOCIALISMO, COMUNISMO - QUAL O MELHOR REGIME?
Defendo a tese que este tipo de vídeo, deva ser passado nas escolas. E que a publicidade receba aviso de advertência com cenas dos mesmos. Nenhum ser humano deveria chegar até a fase adulta, sem ter visto vídeos desse tipo.
Deveria fazer parte do sistema educacional.
Primeiro, esse rapidinho de 05 segundos... assista, vai! Como se faz nuggets.
Achou cruel? Pois saiba que para fazer calabresa, bacon e vitela, é ainda mil vezes mais triste. Os porquinhos, por exemplo, o processo é mais lento, em água escaldante.
É meus amigos, o Ronald McDonald´s na verdade é um capeta, ele é o maior massacrador de animais do mundo. E por isso mesmo, o ator que interpretou o palhaço por anos como marketing para o fast foods, recentemente apareceu comovido na TV, pedindo perdão ao mundo.
Para se aprofundar no assunto, visite meu outro blog PAREI
Escrevo em resposta aos artigos publicados pelo colunista André Forastieri. (Pra quem não sabe do que se trata, segue: artigo 1 e artigo 2- o segundo é ainda mais alarmante) Como ser humano, gostaria de mencionar o quão triste é abrir a internet em pleno século XXI e ler um artigo com tamanho grau de preconceito e especismo. Um conteúdo onde a maioria das palavras chaves são arrogância, prepotência, porco, feio, burro, nojento. Existe uma reflexão que diz "a boca fala daquilo que o coração está cheio".
Como colunista e conteudista, sei bem como funcionam portais de comunicação: o objetivo principal é aumentarmos a visibilidade e a abrangência através de clicks, e para isso, conteúdos um tanto polêmicos têm potencial para trazer novas visitações.
Contudo, como publicitária, acredito que o mais importante seja a imagem que deixamos, as impressões que contribuímos dia após dia, o impacto que nossos conteúdos despertam, o quanto contribuímos para o desenvolvimento das pessoas e a missão que orienta o papel do veículo à sociedade.
Ainda que os artigos mais polêmicos tenham potencial de elevar o portal em altos índices de visitações, o colunista André Forastieri tem sido um desserviço à população.
Estamos saltando para uma época em que as pessoas vêm deixando de lado a corrida desenfreada pelo capitalismo selvagem. O homem - e sua arrogância - já se tornaram agravantes para os impactos ambientais, de modo que, milhares de pessoas em todos os lugares do mundo vêm lutando ativa e diariamente para uma nova construção de ideias, iluminando onde o concreto e a materialidade cinzenta perderam o valor diante da natureza, dos animais, do meio ambiente.
Hoje, já se sabe que o contato com os animais é fundamental para desenvolvermos adultos saudáveis, crianças amorosas, com autoestima elevada e que os indivíduos privados do contato com os bichinhos, desenvolvem os mesmos sintomas de Misofobia que o jornalista demonstra.
Quanto mais poder temos, mais responsabilidades teremos. Um veículo de comunicação do porte da R7 deveria ser um instrumento de colaboração para uma sociedade mais digna, sustentável, amorosa e que propague as ideias que, hoje em dia, são tão ausentes na mídia.
E que os conteudistas ávidos por clicks não se enganem, a oferta está baixa, mas a demanda cresce dia após dia. Protetores de animais e ambientalistas já somam no mundo mais de 600 milhões de pessoas, isso é maior do que qualquer país do mundo, maior ainda do que 27 países da União Europeia, o que significa que, propagar boas ideias é promover ações naquilo que as pessoas estão mais carentes e, além de assertivo, despertam os anseios para a construção de um mundo melhor.
Luciane Pires - Publicitária, Colunista e Ativista.
Por Luciane Pires *Para melhor aproveitamento das ideias, recomendo a leitura deste artigo sem preconcepções, assim como eu o escrevi, apenas em cima da leitura de Marx.
A teoria de Marx nunca foi posta em prática realmente porque não leva em consideração o comportamento do seu principal agente - o homem. Este, não se comporta dentro de padrões predefinidos na coletividade. O comunismo de verdade sonhado por Max nunca passou de utopia.
Segundo a obra de Karl Marx - que poucos leram e muitos comentam hoje em dia - todos os regimes seriam necessários para a construção de um sistema unificado. Todos eles são partes de um mesmo processo de gestão e desenvolvimento de uma sociedade. O ''verdadeiro comunismo'' de Karl Marx, por exemplo, discorria que, para isso, o país teria de passar por três estágios:
1) Capitalismo - Para que o país esteja avançado tanto no ponto de vista econômico quanto no ponto de vista tecnológico;
2) Socialismo que seria estabelecido um Estado governante para assim se dar o inicio do próximo estágio;
3) ...que seria o Comunismo, onde o Estado seria desmanchado e o poder, supostamente, seria entregue ao povo.
O socialismo seria uma fase no processo da organização social em que o indivíduo se ergue e unifica as classes, preparando-se para o comunismo. O Comunismo que foi estabelecido em países como Cuba, não é o comunismo de Karl Marx, que se tratava de uma sociedade utópica. Esse talvez seja o grande argumento que as pessoas usam contra o comunismo. Quando o comunismo não é estabelecido corretamente (e nunca foi), isso acaba por gerar um período Ditatorial, como na Rússia ou União Soviética (na época), também China (que já está se tornando uma grande capitalista) e Cuba.
Muito se fala dele, mas quem realmente sabe o que significa? A palavra comunismo vem do latim (communis - comum, universal) e é uma ideologia - portanto, apenas uma ideia - política e socioeconômica que pretende promover o estabelecimento de uma sociedade igualitária. O Comunismo (O VERDADEIRO COMUNISMO) não passa de uma reflexão teórica apontada por Karl Marx e Friedrich Engels, onde um sistema é tão avançado no sentido de evolução pessoal, que suas diretrizes seriam orientadas por princípios morais, éticos, econômicos e sociais - portanto, nunca passou de teoria, nunca tendo existido em verdade.
E a justificativa é simples, o ser humano é corruptível, egoísta, vaidoso e sempre há de querer ter mais. O indivíduo não é capaz de exercer o senso comum em sociedade. O ser humano é corrupto por natureza.
Contudo, julgar o comunismo como um regime falho é escudo para evitar um sistema mais igualitário e se fechar para ideias novas. O mundo nunca conheceu o verdadeiro comunismo na prática. Coréia, URSS, Cuba e etc, até possuem características de um governo comunista, mas não regem, integralmente, conforme as ideias de Marx e outros pensadores (teoria). Leve em consideração outro fator importante: onde há ditadores, não há comunismo! Então, como saber que um ser humano mais consciente e mais evoluído - no futuro -, vai ou não inovar sem a pressão do capitalismo?
Já o capitalismo, em seu conceito puro e claro, também poderia ser um bom regime (caso o ser humano não fosse egoico). No seu conceito mais puro, o capitalismo levaria todos os homens à conquista de seu espaço ao sol, por mérito - quem se esforçar mais, consegue mais, quem se esforçar menos, obtém menos. Com toda essa pressão de mercado e concorrência, nascem tecnologias, inovações, novas marcas, o desenvolvimento capital e a riqueza de uma nação. Os EUA é um típico país capitalista e sua riqueza foi gerada em cima da exploração e colonização de países como o Brasil. O capitalismo como ideia é uma poderosa ferramenta de desenvolvimento e riqueza, mas novamente possui falhas provocadas pelo homem. Vejamos a prática do mérito: a verdade é que quando a teoria cai no sistema, os fatores se alteram - o favorecimento só acontece a quem estuda nas melhores escolas, possui mais tempo livre, "aparência" melhor, é filho de pessoas mais ricas, consegue melhores posições, não por meritocracia, mas por endossos e lobbies. Além disso, num mundo capitalista, o meio ambiente, os animais e todas as riquezas e recursos do planeta são explorados à exaustão, para gerar cada vez mais capital.
Em verdade, o capitalismo que tem sido aplicado não dá espaço para todos crescerem. Apenas 1% da população é bilionária e apenas 9% são milionários. O restante serve compulsivamente a um regime exploratório.
Como poderíamos viver mundo auto-suficiente, cheio de riquezas e ainda ter gente passando fome? A verdade é que não é este ou aquele regime que gera a miséria, o que destrói a humanidade é o egoísmo e a ganância.
Uma coisa é evidente: o ser humano foi por muito tempo totalmente controlado pelos sistemas e pode ser que isso o tenha levado a se acostumar com a dominação e a pressão. Um dos principais culpados por isso foi a religião! A forma como foi empregada (erroneamente), não para tratar o espírito do individuo, mas sempre para garantir Poder.
Esse é justamente o problema da teoria de Marx - na prática, ela não faz sentido algum porque ele não leva em consideração o principal ator da mudança, o ser humano! Ele que dividiu os regimes em blocos e não em partes do mesmo processo.
Até agora todos os sistemas geraram miséria e exploração, mas nenhum deles utilizou o modo de um mundo mais igual, a não ser os monges budistas. E lá, não há dinheiro, a troca de mercadorias se dá por escambo. Pensando nisso chego à conclusão que a civilização humana passou por um nível cíclico de desenvolvimento onde todos eles foram necessários. Do homem das cavernas que subsidiava seus próprios recursos, ao mercantil que trocava seus produtos por escambo e serviços, passando pelo homem que capitalizou o mundo, explorou, deplorou, fez guerra, competiu, destruiu, chegando até o homem que compreendeu, e quem sabe um dia, este homem deixe de ser apenas um indivíduo e passe a se preocupar verdadeiramente com o senso comum, o coletivo.
Sonho com uma sociedade onde todos sejam iguais e todos façam o que fazem por amor à profissão e ao próximo, não pelo dinheiro que se enraizou e que nos liga a esse pedaço de papel tão precioso ao homem, porém, a mudança maior terá que ocorrer no próprio homem, que terá de deixar sua sede de poder de lado.
O VERDADEIRO PROBLEMA NÃO SÃO OS REGIMES MAS SIM, O HOMEM.
O HOMEM É O MAL DO MUNDO.
Considerações finais
"A ganância e a competição não são resultado do temperamento humano imutável. A ganância e o medo da escassez são criados e ampliados. A consequência direta disso é que temos que lutar uns com os outros para sobreviver."
(Bernard Lietear)
"He who opens a school door, closes a prision" - (Vitor Hugo)
– Lucy, o ser humano não está preparado para ter posse de todo este conhecimento.
– Não é o conhecimento que provoca as maldades do mundo, é a ignorância. (Lucy, 100% do cérebro - O filme)
MAS SERÁ QUE É O AMOR À MOEDA QUE FEZ DO HOMEM UM SER CORRUPTO POR NATUREZA?
Na Kabballah há uma citação que diz o seguinte:
O homem DESEJOU deste o primeiro momento e com o desejo, sucumbiu pela primeira vez. Talvez a vontade de se tornar um Deus, dominar tudo, ter poder, faça com que o homem se torne um competidor nato. E com isso, ultrapasse todos os limites, segmentando o mundo em times, em etapas, em regimes e processos. Goethe já pensava a respeito "o importante é o Todo!"
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